domingo, 26 de outubro de 2014

Nietzsche
Eu sou vários. Há multidões em mim.
Na mesa de minha alma sentam-se muitos, e eu sou todos eles.
Há um velho, uma criança, um sábio, um tolo.
Você nunca saberá com quem está sentado ou quanto tempo
permanecerá com cada um de mim.
Mas prometo que, se nos sentarmos à mesa, nesse ritual sagrado
eu lhe entregarei ao menos um dos tantos que sou, e correrei os
riscos de estarmos juntos no mesmo plano.
Desde logo, evite ilusões: também tenho um lado mau, ruim,
que tento manter preso e que quando se solta me envergonha.
Não sou santo, nem exemplo, infelizmente.
Entre tantos, um dia me descubro, um dia serei eu mesmo,
definitivamente.
Como já foi dito: ouse conquistar a ti mesmo."
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O homem que recusa fazer parte da massa nada mais tem a fazer que renunciar sua indulgencia para consigo mesmo; que obedeça à sua consciência que lhe grita: "Sê tu mesmo! Tudo o que fazes, tudo o que pensas, tudo o que ambicionas agora, tudo isso não é tu".
Toda alma jovem ouve esse apelo, dia e noite, e estremece, pois, presente a medida de felicidade que lhe é destinada desde toda a eternidade, desde que sonha no que deve ser sua verdadeira emancipação; felicidade que ninguém vai ajuda-la a conquistar enquanto permanecer nos grilhões da opinião corrente e do medo. E sem essa emancipação, como a vida pode parecer desoladora e absurda! Não existe no mundo criatura mais estúpida e repugnante que o homem que se furta a seu próprio gênio e que espia à direita e à esquerda, atrás e por todos os lados. Não podemos sequer culpá-los, pois, não passa de epiderme sem carne, tecido pintado, desfiado e inflamado pelo vento, fantasma colorido que não consegue despertar medo e muito menos compaixão. E se dizemos com razão que o preguiçoso mata o tempo, quando o tempo só jura segundo a opinião pública, isto é, a preguiça privada, devemos seriamente temer que esse tempo não acabe por ser morto por sua vez, quero dizer, que seja aproximado da história da verdadeira emancipação da vida.

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Nós devemos morrer ,  mas na hora certa , a morte só não é aterrorizante quando a consumou ...E se um Demônio lhe dissesse que esta Vida , da forma como vive e viveu no passado , teria que vive - la de novo , porém inúmeras vezes mais , e não haverá nada de novo nela , cada dor cada alegria , cada coisa minúscula ou grandiosa , retornaria para você mesmo . A mesma sucessão a mesma sequência , várias e várias vezes como uma Ampulheta do Tempo , imagine o Infinito . Considere a possibilidade de que cada ato que você escolher você escolherá para sempre . Então toda Vida não vivida , permaneceria dentro de você . Não vivida por toda a Eternidade .



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